POR ROZANE MONTEIRO
‘Quero aproveitar o máximo’
O gaúcho Vitelio Brustolin, 31 anos, é escritor, jornalista e advogado. Doutorando em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento na UFRJ, foi aceito em Harvard para um ano como “Visiting PhD Student” (em tradução livre: “estudante visitante de PhD”). Vai com a noiva, e o plano é se dedicar à pesquisa sobre Políticas Públicas Comparadas. Brustolin tem como principal objetivo nos EUA aprofundar seu conhecimento na forma como o país desenvolveu, desde a Guerra Fria, a partir das necessidades de defesa, a tecnologia que hoje já saiu do cenário militar — o avião a jato e a Internet, por exemplo. Brustolin quer, na volta, ajudar o Brasil a seguir no mesmo caminho, mesmo sem um histórico de guerras. “Eu quero aproveitar o máximo, abrir o máximo de portas possível”, diz o jornalista, que já analisa propostas de trabalho para quando terminar o doutorado. Brustolin vai com bolsa do governo federal, mas não do programa ‘Ciências Sem Fronteiras’.
‘Resolvi tentar colaborar’
O também gaúcho Vinicius Licks, 35 anos, é engenheiro elétrico. Professor da PUC-RS, ele conclui em maio mestrado em Administração Pública. Vinicius foi aceito em um dos programas destinados a quem está no que Harvard chama de “mid career” — com mais de 10 anos de experiência em sua área. O objetivo principal de Vinicius é, na volta, influenciar, ainda que da Academia, no debate que possa levar ao desenvolvimento de políticas públicas no Brasil. Uma das fontes de recursos para custear o mestrado de Vinicius é um fundo que Harvard tem para estudantes brasileiros, mantido por doações do empresário Jorge Paulo Lemann, um ex-aluno bilionário e grato por tudo que a universidade fez por sua formação. “A escolha por estudar Administração Pública diz respeito à dificuldade que o Brasil está enfrentando nesta área. Resolvi tentar colaborar”, diz Vinicius, que também foi com a noiva e, depois do curso, vai voltar para a PUC.
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