Brasília - O índice de brasileiros que prefere ler no seu tempo livre caiu
de 36% entre 2007 para 28% em 2011. É o que aponta a pesquisa Retratos
da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Pró-Livro.
O estudo tem como objetivoidentificar os hábitos e as preferências
dos leitores brasileiros. Assistir televisão continua sendo a atividade
preferida e foi escolhida por 85% dos entrevistados. Em seguida aparecem escutar
música ou rádio (52%), descansar (51%) e reunir-se com amigos e a família (44%).
Cada entrevistado escolheu até cinco opções.
A leitura – incluindo jornais, livros, revistas e textos na internet – aparece em sétimo
lugar na lista das atividades que o brasileiro mais gosta de fazer no seu tempo
livre. Enquanto o percentual de entrevistados que declara gostar de ler cai, o grupo
dos que aproveitam o tempo ocioso para acessar a internet subiu de 18% para 24%
entre 2007 e 2011. A pesquisa também identificou um novo comportamento que
não estava no estudo anterior: acessar as redes sociais, indicado como
atividade frequente por 18% dos entrevistados.
Setenta e cinco por centro dos entrevistados dizem que leem por prazer e 25%
por obrigação. Entre os entrevistados, 49% disseram ler mais hoje do que no
passado, 28% acreditaram ler menos e 20% avaliaram que leem na mesma quantidade.
A principal razão apontada por aqueles que diminuíram o volume da leitura
foi o desinteresse (78%), o que inclui a falta de tempo, a preferência por outras
atividades e a “falta de paciência para ler”. Apenas 4% apontaram a dificuldade
de acesso aos livros como motivo para ler menos, o que inclui o preço do livro,
a falta de bibliotecas perto de casa ou de livrarias.
Entre os participantes, 64% concordaram totalmente com a afirmação “ler bastante
pode fazer uma pessoa vencer na vida e melhorar sua situação econômica”.
Ao mesmo tempo, a maior parte diz que não conhece ninguém que tenha progredido
na vida por ler muito.
O estudo também perguntou ao entrevistado qual era o significado da leitura
para ele. Para 64%, a leitura é uma “fonte de conhecimento para a vida”.
Entre as principais respostas obtidas estão ainda “fonte de conhecimento para
atualização profissional” (41%) e “fonte de conhecimento para a escola” (35%).
Apenas 6% consideram a leitura uma atividade cansativa e 5% acham que é entediante.
As informações são da Agência Brasil
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