Reflexões sobre a vida: sobre não aceitar rótulos e ser você em toda sua mistura!



   Em tempos de ódio, intolerância e cancelamento tenho pensado em como as pessoas não suportam a diversidade, especialmente as de idéias. Acusações e dedos apontados tem sido lugar comum nas redes sociais, uma triste realidade. Mas o que a maioria não sabe é que somos diversos em nossa essência, pois somos frutos de tudo que vivemos , ouvimos e observamos. Durante o meu curso de mestrado lembro de ter estudado Mikhail Bakhtin e perceber que nosso discurso é polifônico composto por diversas vozes, foi então que compreendi que o meu discurso era a soma das vozes que passaram por mim,sou portanto muitas em uma. Pensando nisso consigo elaborar melhor o que vejo, ouço e aprendo com tudo até com o pensamento diverso. Aprendi que não sou nem oito e nem oitenta e posso ser infinita em meu aprendizado com as interações sociais. Um bom exemplo é meu gosto musical, cresci ouvindo   jazz  (Miles Davis, Duke Ellington entre outros)com meu pai, Música nordestina (Gonzagão,Jakson do Pandeiro) com meu avô materno, Lupicínio Rodrigues, Maysa e Elis com minha mãe e claro com meus amigos ( Ratos do Porão, Garotos Podres,The Clash,Ramones) a minha playlist hoje é bem diversa por ser fruto dessa mistura tão eclética de sons. É importante percebemos que somos um misto e não um sujeito engessado em rótulos,espero que essa fase mundial passe e as pessoas percebam que somos todos em um e não precisamos nos aprisionar em nomeclaturas  e bolhas! Por um mundo  polifônico onde todas as vozes clamem pela paz!

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